eu não sei
se só hoje
as sombras decidiram dançar à minha volta
ou se eu que nunca tinha parado para admirá-las
há sombras no fim do dia
que assombram o fim do túnel
a sombra que me convida
à dança não permitida
àqueles de peito frágil
que encontram na carne fria
a chance de talvez um dia (quem sabe o último)
sentir a vontade perdida
de cantar e dançar
outra vez
a vida
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