terça-feira, 7 de dezembro de 2010

um dia

um dia você acorda
como se fosse um dia normal
mais um email
mais um cadastro
mais um site
mais pessoas


aí você conhece
conversa
esquece

diverte
conhece
apega

compartilha
confia
encontra

vai embora e sente falta
muita falta

até que cada email nao é mais só um email
é um segredo
é um relato da cidade grande
é um laço
é uma saudade

saudade grande da cidade grande
guardando pessoas ainda maiores
e que fazem parte do pedacinho de mundo que você é, parte de você

parte que deixa saudade
muita saudade.
faz falta.
muita falta.

domingo, 17 de outubro de 2010

quando você tem mágoa guardada e querendo sair.
mas a outra coisa que você sente impede isso de te afetar.

acho que é felicidade.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

o meu trabalho é passar o tempo
o meu passatempo eu já não sei

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

não quero que o amanhã chegue, e agora?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

viver tem gosto de culpa.

domingo, 27 de junho de 2010

eu te cobri com tanto amor
que nao consegui mais ver
o que voce realmente era

quinta-feira, 10 de junho de 2010

lavou-se
retirou toda a melancolia dos braços
a solidão das pernas
o peso das mãos.

só não tirou a escuridão dos olhos.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

cheguei ao céu

e já na entrada encontro um homem.
observei as pessoas que chegavam conversarem com ele e entrarem logo em seguida.
quando a quantidade de pessoas diminuiu, fui até ele e perguntei: "é você o responsável pela entrada?"
"eu mesmo" ele respondeu.
"deus?"
"sim"
"como faço para entrar?"
"mostra a tua humildade e entra."
isso eu não tinha.
foi quando vi que ele estava do lado de fora do portão esse tempo todo.
e lá ficou.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

escrevia

escrevia quando estava mal.
quando escrevia era o melhor do mundo.
mas só escrevia quando estava mal.
escrevia.

domingo, 28 de março de 2010

O Homem

quando comeu do fruto, logo sentiu sede.
Foi ao lago do futuro e, enquanto se saciava,
viu-se maior do que realmente era.
Agora pensa ser tão grande,
que criou problemas gigantescos.
Os quais executam com admirável perfeição
a tarefa de destacar a insignificância da nossa existência.