quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

ciranda

a mulher chegou,
corre, corre
a vila parou,
corre, corre

a negra do sorriso branco sorriu com a roupa de casa
o povo comia, bebia e sorria enquanto a dona de casa virava a dona do palco

começou!

a batida, a melodia, a voz. a voz.
os pés, o povo. a dança.
tudo isso em frente à igrejinha fechada e iluminada

começou! era a hora deles, deles todos. o círculo formado, a dança começa, sem ensaio nem passo marcado.
a senhora virou moça e até o moço das pernas fracas dançou.
os turistas conheceram a dança, encontraram o ritmo. e ali tudo ficou igual.
não havia velho nem novo, não havia pobre ou rico.
só havia ali música. e o fantástico quadro tirado do pincel do povo.